Gestão e Negócios

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Inquietar saudavelmente as pessoas para vivenciarem a plenitude do amor, na vida e na carreira.
Não se lidera pegando somente na mão, ou somente no pé. O Líder que engaja e inspira pega na mão e no pé. Como?
O “pegar na mão” lembra o exercício de Liderar como Coach, com ótima escuta e capacidade para fazer boas perguntas ao liderado. Conectá-lo com outras pessoas – de dentro ou de fora da organização – que ajudarão sua equipe com informações e relacionamentos decisivos para soluções relevantes. Pegar na mão, portanto, é ter uma Liderança colaborativa, com proximidade com o time para remover os obstáculos que travam e comprometem o trabalho. É facilitador, atento para não deixar as coisas emperrarem, trazer dinamismo e garantir que as realizações aconteçam.
Mas o bom Líder também “pega no pé”. Aliás, estimula que todo mundo pegue no pé de todo mundo, fortalecendo uma sólida cultura de responsabilidade, comprometimento e prestação de contas, sem que nunca se perca o absoluto respeito entre as pessoas. Uma coisa é fato: um time em alta performance joga falando, fala jogando, onde todos se cobram com feedbacks constantes.
Na minha experiência, não tenho dúvida: a melhor combinação para o Líder é reunir ambas atitudes. Assim, pegue na mão e no pé da sua equipe!
Atenção com a geração mais jovem
Pense de modo especial em como a geração mais jovem se envolve hoje com o trabalho. Para eles, a vida segue a lógica do instantâneo, simplificado, útil, móvel e “gamificado“, ou seja, tarefas vivenciadas em etapas, com aprendizado, recompensa e feedback a cada desafio vencido.
O desejo desta turma não é “vestir a camisa” da empresa e se apaixonar por planejamentos e metas. Para eles, são mais importantes o alinhamento com um Propósito e a admiração pela reputação da Organização e de seus Líderes. As experiências precisam ter sentido e um “porquê” relevante.
Tão importante quanto olhar para o futuro será curtir o caminho até lá. Eles não esperam que depois de décadas de trabalho árduo possam finalmente encontrar a felicidade. Eles desejam vivê-la já, ao longo da jornada. São naturalmente mais abertos à experimentação e à inovação. Não se intimidam com hierarquias e querem navegar livremente pela empresa para estar com os caras mais talentosos, em todas as áreas.
Querem autonomia para descobrir as coisas sozinhos e mudam de direção sem apegos. Frases do tipo “sempre fizemos assim” ou “isso nunca foi feito antes por aqui” não inibem sua atitude empreendedora.
Enfim, para eles o tempo passa depressa e, por isso, precisam sentir que fazem a diferença.
Desse modo, trabalhar para um Líder capaz de orientar e reconhecer a equipe, no mesmo instante em que mantem as pessoas desafiadas e com alto nível de exigência, trará como resultado uma equipe engajada, inspirada, fazendo o que é certo e em evolução contínua.
LEMBRE-SE: CONSCIÊNCIA TRANSFORMA A REALIDADE.
ROGÉRIO CHÉR, é sócio da Empreender Vida e Carreira, autor do best-seller Empreendedorismo na Veia – um aprendizado constante e do livro Engajamento – melhores práticas de Liderança, Cultura Organizacional e Felicidade no Trabalho.
Fonte: Linkedin – 02/08/2017
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Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por aproximadamente 5 anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo.
Durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas... uma maciça e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída. Então, no final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros. Um escritor de nome Covey escreveu:
"Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos.
“Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará, e com ele virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava...”
O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos e de nossos sonhos... Em nosso trabalho especialmente, que é um projeto fabuloso que envolve mudanças de comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização.
Procure cultivar sempre dois bons hábitos em sua vida: a Persistência e a Paciência, para alcançar os seus sonhos..!!!
"É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão."
Fonte: Internet
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O problema da globalização é que o tempo está acelerando cada vez mais. A globalização sempre existiu, desde o Império Romano, mas o que acelerou não foi a globalização, e sim a rapidez das mudanças. O ano, que era de doze meses, é hoje na prática de somente quatro. Por isso todo mundo anda sem tempo para respirar. Graças ao telefone, celular, internet, e-mails, conseguimos decidir, analisar, coordenar e implementar tudo muito mais rápido.
Em 1973 levei seis meses para fazer a pesquisa bibliográfica inicial da minha tese de doutorado. Hoje eu faria a mesma pesquisa em doze horas, na internet. Na época, os livros que encomendei demoraram quatro meses para chegar do exterior. Hoje chegam em uma semana.
Os Estados Unidos, uma economia já madura, voltaram a crescer 7% ao ano, deixando muitos analistas perplexos. Não há nada verdadeiramente de inusitado. Os americanos continuam a crescer seus modestos 2,1% ao ano de sempre, só que implantam seus novos investimentos em somente quatro meses, e não mais em doze, como antigamente.
Nós, infelizmente, ainda levamos quatro anos para fazer o que deveríamos fazer em um. Nossas leis precisam de demoradas reformas constitucionais para mudar. Não é por coincidência que os maiores críticos da globalização são professores que continuam dando as mesmíssimas matérias nos mesmos doze meses de sempre. Reduzir um curso de quatro anos para três, cortando matérias desnecessárias, ensinar melhor e mais rápido sem encher as aulas com lengalenga, nem pensar. Os grandes opositores da globalização são os conservadores que, como sempre, preferem que o tempo pare, a seu favor.
No fim do ano que vem estaremos figurativamente em 2007, não em 2004. Só que ainda estamos discutindo as reformas de 2003. Ninguém leu corretamente Darwin, que nunca falou da sobrevivência do mais forte. O que ele mostra é a sobrevivência do mais ágil, aquele que se adapta às mudanças inevitáveis do mundo com maior rapidez. São os lerdos que são comidos pelos tigres. Normalmente as vítimas são animais fortes que se tornaram velhos e lentos. Na selva capitalista não sobrevive o mais forte, como todo mundo acredita, e sim o mais rápido, que enxerga e responde com dinamismo. Não são aqueles que têm os melhores genes que sobrevivem, apesar de a maioria dos livros dizerem justamente o contrário. São aqueles que se adaptam mais rapidamente, que mesmo com adaptações imperfeitas enfrentam o problema.
Temos centenas de partes do corpo que são meros quebra-galhos, e não as melhores adaptações possíveis. Se você tem constantes dores nas costas, lembre-se de que a coluna não foi feita para que ficássemos em pé, e sim para andarmos de quatro.
Uma das saídas dessa sinuca, no nível pessoal, não é necessariamente fazer mais em menos tempo, mas sim largar tarefas menos essenciais e se concentrar naquilo que realmente é importante. Isso significa largar funções que você continua a carregar por tradição, para manter poder ou por vaidade.
Sem querer generalizar, todo ser humano tende a procurar mais poder do que consegue administrar. Delegar tarefas, funções e trabalho é visto como derrota, uma perda de poder, fatal para qualquer político, executivo ou chefe de departamento.
Em vez de encarar a delegação como diminuição de status, encare-a como uma forma de se concentrar naquele nicho em que você realmente é mais competente, o que no fundo lhe trará muito mais poder. O segredo é fazer menos e melhor, algo que ainda não aprendemos. Eu também gostaria que o tempo andasse mais lentamente, ou que o Primeiro Mundo tirasse nove meses de férias em vez de continuar trabalhando como louco, tirando nossos empregos.
Por outro lado, essa aceleração do tempo significa que poderíamos estar resolvendo mais rapidamente inúmeros problemas brasileiros, em especial nossos problemas sociais.
O fato de que o tempo acelerou pode ser parte da solução, não somente parte do problema. Portanto mexa-se, e feliz 2007 para todos.
Fonte: Revista Veja - editora abril - edição 1833 - ano 36 - nº 50, por Stephen Kanitz – 17/12/2003
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Por Claudia Bittencourt é diretora geral da Bittencourt, consultoria especializada no desenvolvimento e expansão de redes de franquias e negócios
As exigências impostas pela nova sociedade demandam mudanças na cultura organizacional das empresas e na forma de pensar e agir dos líderes, a grande questão é como passar por estas transformações preservando a essência e os valores da marca.
A necessidade de migrar de organização moderna para pós-moderna, ou organização exponencial é o grande desafio para os empresários e franqueadores, o que significa uma ruptura com o tradicional e a preservação do passado.
Segundo Jorge Forbes, no mundo pós-moderno o ambiente empresarial para ter êxito deve incorporar um conjunto de atributos envolvendo o trabalho, as relações e o mundo digital, e que o principal vetor dessa mudança é a liderança, porém, afirma o psicanalista, que a maioria dos líderes formados em padrões da modernidade enfrenta dificuldades para mudar.
Além da dificuldade para a mudança, um outro fator que considero crítico nesse processo é que muitos executivos, líderes nas mais diversas organizações, não estão percebendo a necessidade dessa mudança na velocidade que deveria acontecer.
Os líderes da nova sociedade (pós-moderna), horizontalizada, em rede e sem padrão, devem dar mais autonomia a suas equipes e um espaço maior para a criatividade, o que invariavelmente vai gerar nas pessoas um senso de maior responsabilidade. Para os líderes do franchising isso se torna um desafio ainda maior, cada vez mais teremos franqueados mais criativos e menos disciplinados e que estão na ponta atuando diretamente com os clientes da marca.
Para gerar uma reflexão maior sobre esses desafios e onde atuar para uma eventual mudança, abaixo algumas características que diferenciam o líder da era moderna do líder da era pós-moderna, segundo o psicanalista Jorge Forbes:
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Líder moderno |
Líder moderno |
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Estimula a eficiência |
Estimula a criação da diversidade |
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Atribui notas |
Atribui responsabilidade |
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É moralista |
É ético |
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Comunica |
Envolve |
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Projeta o futuro |
Inventa o futuro |
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Avisa os perigos, é precavido |
Incentiva a inovação responsável |
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Controla e dirige |
Inspira e entusiasma |
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Busca o lucro no mundo |
Associa o lucro com a construção do mundo |
Fonte: Mercado & Consumo - 09/11/2018
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Por Adriana Bruno
As grandes redes saíram na frente e vêm trazendo um leque de novidades para o mercado e especialmente para o consumidor brasileiro.
Das parcerias com startups de entregas e kits de gastronomia às mudanças e a modernização no formato das lojas, os grupos Carrefour e GPA têm figurado nos noticiários especializados com inovações e mudanças estratégicas que visam modernizar a operação, oferecer experiências de compra mais positivas e, claro, aumentar o tíquete médio e a fidelização do shopper.
André Faria, CEO da Bluesoft acredita que, em 2019, mais e mais varejistas vão buscar voltar a essência do varejo, focando no seu core e nas conexões com seus clientes. “Mas para competir num cenário com consumidores cada vez mais conectados, o varejo vai fazer parcerias com empresas de tecnologia para continuar inovando”, diz. De acordo com Faria, na edição deste ano da NRF, o CEO da Kroger, Rodney McMullen, foi perguntado sobre como a empresa está lidando com a evolução do varejo e a competição com a Amazon. De forma resumida, ele disse que a empresa precisa descobrir onde quer chegar e então fazer parcerias com quem pode te ajudar a chegar lá. “Foi por este motivo que a Kroger desenvolveu parcerias estratégicas com diversas empresas nos últimos anos como a Microsoft e Ocado. É aquela velha máxima de negócios: se não é o seu core, terceirize, ou neste caso, faça parceiros! O motivo que as empresas em geral e não só os supermercados fazem parcerias é justamente criar uma experiência melhor para os consumidores”, conta Faria.
Mas e o pequeno e o médio varejo? Como ficam diante de tantas transformações. A resposta é e, ao mesmo tempo, não é tão simples: tem que investir em tecnologia, em informações de mercado e especialmente do perfil do consumidor e buscar, dentro das possibilidades do negócio, estar mais alinhado com as novas necessidades e desejos do cliente. “Promover a transformação do negócio é um imperativo porque os consumidores estão tendo diferentes experiências no mundo online e mundo real. Essas experiências criam expectativas. Implementar alternativas para satisfazer os clientes é uma forma de buscar retê-los em um ambiente de concorrência muito acirrada”, comenta Olegário Araújo, cofundador da Inteligência 360. Ele ainda acrescenta que, entretanto, antes do pequeno varejista fazer qualquer investimento, o primeiro passo do dono ou sócio do pequeno varejo consiste, de forma muito simplificada em:
1) Perguntar para os funcionários da loja, do que os clientes reclamam, que produtos até pegaram para comprar e abandonaram e quais as razões. “O ideal é explorar bem essa pergunta. Há uma técnica denominada os cinco porquês. Quando o funcionário der uma resposta, pergunta o porquê de novo, até entender esgotou o tema”, diz;
2) Perguntar para diferentes clientes em diferentes momentos da semana e do dia, o que o leva a loja, o poderia fazer melhor e mais rápido para que ele não perdesse tempo, não ficasse irritado, mesmo sem ser uma pesquisa estruturada, pode dar uma pista do que está acontecendo. “Claro que há as próprias observações do dono. Há empresas que fazem uso do cliente oculto ou misterioso, que vai mapear isso com mais precisão e de forma imparcial, mas exige recursos”, comenta Araújo.
Modismo não tem lugar em um plano de investimentos
Uma questão crucial quando se fala em transformações, parcerias e investimentos é que o empresário precisa estar muito bem assessorado, com todo o planejamento e visão necessários para não investir na tecnologia mais cara e que pode acabar não sendo implementada ou ainda pior, que não atenda as necessidades do cliente. Para Olegário Araújo há empresários que investem por modismo e acabam jogando dinheiro fora. “O empresário precisa ter em perspectiva vários aspectos, entre eles: como melhorar a eficiência operacional e como melhorar a experiência de compra do cliente. “A experiência do cliente pode ser melhorada com a ausência de ruptura e o preço da gôndola ser o mesmo do sistema”, comenta Araújo.
E para chegar a conclusão sobre onde e como investir, o varejista deve fazer uma lista de o que é, porque fazer, definindo as prioridades, uma vez que isso envolve recursos. “A pergunta é: se eu implementasse uma dessas soluções, qual como poderia ser mais eficiente, ter menos atritos com os clientes, melhorando a sua experiência de compra e consequentemente ter um cliente satisfeito e fiel?”, indaga Araújo. Segundo ele, tomada essa decisão inicial, o próximo passo é visitar as chamas incubadoras e aceleradoras, que reúnem startups (OasisLab, Cubo) e ver se nelas há uma solução para o problema prioritário que ele, empresários quer resolver. “Há muitas soluções e alguma caberá no bolso, selecionando uma startup que já implementou a solução em varejista e que pode ser visitado, de preferência”, completa.
Tendência é ser digital
Aliás, segundo uma pesquisa da Crieto, o mobile já representa 50% das vendas online no Brasil; O país é ainda o quarto no mundo mais adepto à tecnologia e por fim, de acordo com uma pesquisa da FGV, já temos mais de um smartphone ativo por habitante. “Como o consumidor busca cada vez mais conveniência e com menos atrito, o supermercado cedo ou tarde vai ter que trilhar esse caminho para agradar esses consumidores. A tecnologia é um dos meios para isso. O ponto aqui é o supermercadista entender o que é Hype e o que realmente faz diferença nas vendas, e o que faz sentido de acordo com sua estratégia e o nicho de clientes que quer atender. O que de fato reduz a ruptura, melhora o controle do estoque, aumenta as margens e traz mais eficiência a operação”, avalia Faria.
Ainda segundo Faria, na NRF ele pôde observar e visitar diversas lojas com propósitos e modelos de negócios diferentes utilizando tecnologias diversas como realidade virtual e aumentada; displays com informações dos produtos ofertados; gôndolas inteligentes que avisam o repositor sobre ruptura; etiquetas eletrônicas que informam promoções aos clientes; robôs atendentes; modelos de entregas e assinaturas; totens e lockers entre outras coisas. “Muitas coisas novas que só vão servir se realmente afetarem a operação. Se ajudarem o supermercadista a fazer o básico bem feito. Esse é um ponto que não podemos deixar de reforçar. Não adianta ter drones voando pelo estoque, e não cuidar na ruptura das gôndolas e garantir um bom atendimento ao cliente”, alerta. Segundo ele, o varejista deve sempre repensar a estratégia e pensar sobre o perfil do público que atende. “Fazer o básico bem feito enquanto buscam inovar. É muito importante ficar ligado no que os concorrentes estão fazendo, mas entender o que “cabe” e o que não “cabe” para o seu varejo é muito mais. Uma forma de se modernizar é manter-se informado com as novidades que o mercado apresenta. Busque por parceiros que façam sua empresa crescer de forma sustentável e tenha coragem para colocar em prática ideias que maximizem os resultados do varejo”, finaliza.
Fonte: Portal Newtrade - 26/04/2019
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Enquanto a crise econômica do novo coronavírus vai tomando forma e se consolidando, donos de pequenas empresas relatam dificuldades para conseguir manter seus negócios em funcionamento. Cerca de nove a cada 10 (86%) empreendedores que buscaram crédito durante o último mês tiveram o empréstimo negado ou ainda têm os pedidos em análise.
Os números fazem parte de pesquisa divulgada nessa terça-feira (19/05) pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento se refere ao período de 7 de abril a 5 de maio. Nesse período, 38% dos empresários entrevistados disseram que solicitaram crédito. Na última pesquisa, essa taxa era oito pontos percentuais menor: 30%.
O analista de serviços financeiros do Sebrae Adalberto Luiz destaca que a dificuldade para pequenas empresas conseguirem crédito sempre existiu, mas se agravou com o surto do novo vírus. “Essa dificuldade é notória há algum tempo. Neste momento, contudo, com a pandemia, não há dúvidas de que essa dificuldade de acesso piorou, decorrente, por exemplo, da falta de faturamento dessas empresas”, analisa. Pequenas e médias empresas tomaram apenas 21% do valor total dos novos empréstimos desde o começo da disseminação do novo coronavírus, segundo dados da Febraban. Adalberto destaca que a porcentagem elevada de negativas de crédito se deve ao fato de muitos empresários procurarem apenas as grandes instituições.
De acordo com a pesquisa do Sebrae, bancos públicos representam 63% das demandas de créditos, e bancos privados, 57%. As cooperativas de crédito, porém, apenas 10%. “Busque outras alternativas, não fique só nas grandes empresas”, diz Adalberto. Seguindo essa lógica, o consultor Artur Lopes, sócio da IWER Capital, empresa de gestão para recuperação e consolidação de negócios, traça um roteiro a ser seguido nessa busca. O ideal, segundo o especialista, é procurar créditos mais estruturados, como em bancos de fomento. É o caso, por exemplo, do BNDES e alguns regionais. “São instituições que têm o objetivo de alimentar a atividade econômica”, sintetiza.
Em seguida, já com a negativa de bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil (BB), está na hora de correr para as pequenas instituições. Como exemplo, existem as cooperativas de crédito, que são formadas por um grupo de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos associados. Outra boa alternativa são as fintechs, que, inclusive, possuem custos operacionais muito menores comparados às instituições tradicionais. “Não havendo mais a possibilidade de ter crédito, existem os fundos de direitos creditórios (Fidcs).
São fundos que têm um caráter suplementar e podem fazer operação com uma rigidez menor”, explica Lopes. Professor de Inovação e Negócios Digitais do Ibmec-DF, Marcelo Minutti questiona, entretanto, se realmente buscar crédito é a melhor opção para o momento. Ele apresenta um outro movimento: o de olhar ao redor e identificar oportunidades que possam ser melhores para a empresa do que um empréstimo. “É preciso ter uma consciência de que a mudança é inevitável e criar novas linhas de receita. Chamo isso de darwinismo empresarial. Não é o mais forte que vai sobreviver, mas o que está conseguindo se adaptar”, diz. “É bem melhor do que pegar um crédito e pagar as contas por um ou dois meses”, afirma. “Pode ser que esteja só prolongando um sofrimento que vai acabar lá na frente”, conclui.
Fonte: Metropoles - 21/05/2020
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Responsável por um terço do faturamento do varejo no Estado de São Paulo, o setor de supermercados tem se modificado ao longo dos anos para acompanhar novas tecnologias e novos hábitos dos consumidores.
Um segmento que tem se destacado recentemente são as lojas de conveniência e de vizinhança. Nos últimos cinco anos, a abertura de empreendimentos desse tipo cresceu 400%, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor Internacional. Grande parte desses estabelecimentos se localizam nas metrópoles, onde a dinâmica das pessoas exige rapidez no atendimento.
O “atacarejo” também está em alta e o segmento cresceu 60% de 2013 a 2016. Embora a maior parte dos consumidores seja da classe C (47%), a participação de clientes das classes A e B cresceu significativamente no período, atingindo 33%.
Em contrapartida ao crescimento das lojas físicas de supermercados, as compras pela internet ainda são muito baixas. Entre 2014 e 2016, o porcentual de pessoas que diziam efetuar compras online passou de 1% para 2%. O que se percebe é que o preço baixo, a qualidade e o frescor dos produtos – sobretudo carnes, frutas, legumes e verduras – continuam sendo os fatores mais importantes nas decisões de compra. Com isso, para o consumidor, é importante visualizar os itens antes de adquiri-los, principalmente os alimentos perecíveis.
Vale notar que as novas tendências trazem oportunidades para os empresários do setor. Uma delas é a possiblidade de lançar marcas próprias. Esse investimento permite ter mais maleabilidade sobre a formação de preços e pode ser usado em aplicativos de descontos, favorecendo a fidelização de clientes.
No gerenciamento dos negócios, é importante ficar atento às perdas e quebras de produtos. Os mais variados tipos de perdas somam, em média, 2,2% dos gastos do segmento, porcentual superior ao de despesas como aluguel de imóveis (1,25%), administradora de cartão de crédito (1%) e energia elétrica (0,93%). Não é à toa que reduzir perdas e quebras de mercadorias é o objetivo de 25% dos supermercadistas neste ano, segundo pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
De todo modo, o receituário para aumentar a eficiência do negócio é se adaptar às novas tecnologias disponíveis e entender o comportamento do consumidor.
Fonte: Fecomércio - SP - 11/09/2018



