Gestão e Negócios

- Detalhes
- Categoria Pai: Artigos
O que faz de alguém um gerente incrível? Segundo o resultado de quase dez anos de pesquisa do Google, seus melhores líderes têm dez características que os colocam em destaque na empresa. Foi em busca dessa resposta que o Google lançou o Projeto Oxygen em 2008. Um time interno de pesquisadores foi atrás do feedback e avaliações dos funcionários sobre seus líderes.
Eles tinham a hipótese que provaram que a liderança não tinha influência na performance dos times. Não só a teoria foi derrubada, mas eles encontraram oito qualidades que eram essenciais para manter suas equipes motivadas e produtivas.
Com o resultado, a empresa de tecnologia passou os anos seguintes incorporando as descobertas nos treinamentos e valores de trabalho.
No entanto, o que funcionava para o Google de 2008 pode não ser aplicável para o Google de hoje. Sem dúvida, a empresa cresceu e seu negócio se tornou mais complexo, o que resultou na criação da Alphabet, controladora da companhia e de outras iniciativas ligadas a ela.
Então, uma nova pesquisa foi feita. Em 10 anos, o projeto descobriu que houve uma evolução dos oito valores, que passaram por atualizações, e os pesquisadores acrescentaram mais duas demandas dos funcionários para a melhoria de seus chefes: eles precisam ser mais colaborativos e tomar decisões mais incisivas.
Você tem o que é preciso para comandar uma equipe de sucesso no Google? Confira as dez características dos melhores gerentes da empresa:
- Ser um bom coach
- Empoderar a equipe e não ser controlador
- Criar um ambiente de equipes inclusivo, mostrando preocupação com o sucesso e bem-estar
- É produtivo e orientado para resultados
- É um bom comunicador – ouve e compartilha informações
- Apoia o desenvolvimento de carreira e debate a performance
- Tem uma visão ou estratégia para o time
- Tem habilidades técnicas para ajudar a aconselhar o time
- Colabora com outras áreas da empresa
- É forte tomador de decisão
Fonte: Exame.com - 12/09/2018
- Detalhes
- Categoria Pai: Artigos
O Google lança nesta semana o Guia do Varejo para pequenas e médias empresas, com o objetivo de ajudá-las a se prepararem para a temporada de compras do final do ano, que inclui a Black Friday, que acontecerá em 26 de novembro, e o Natal. A publicação traz informações relevantes sobre as mudanças no comportamento dos consumidores brasileiros durante o período de pandemia, assim como orientações sobre como utilizar as plataformas do Google para se conectar com potenciais clientes.
Ter informações sobre as mudanças no comportamento dos consumidores é essencial para empresas de qualquer tamanho, mas fundamentais para pequenas e médias empresas. Só no ano passado, as buscas relacionadas a produtos de Varejo aumentaram três vezes em relação a 2019 e, com tantas mudanças relacionadas ao convívio social durante a pandemia, a jornada de compra dos consumidores se tornou mais complexa.
“Todos nós passamos por grandes transformações durante a pandemia e isso também mudou a nossa relação com o consumo”, afirma Rodrigo Rodrigues, diretor de negócios para pequenas e médias empresas do Google Brasil. “Neste ano, com o avanço da vacinação e retomada econômica, teremos uma Black Friday do recomeço, em que muitas compras ganharão um valor simbólico para os brasileiros.”
Por conta disso, apesar do momento econômico desafiador, uma pesquisa encomendada pelo Google à Ipsos com 500 pessoas mostra que 6 em cada 10 pessoas têm intenção de comprar na próxima Black Friday. Para aproveitar essa demanda, porém, é preciso preparar uma estratégia eficiente. Confira abaixo algumas das dicas reunidas no Guia do Varejo para atrair mais consumidores:
Alcance seus clientes enquanto navegam
Todos os dias, milhões de pessoas utilizam o Google para encontrar, descobrir e comprar aquilo que precisam. De acordo com um estudo realizado pela Kantar a pedido do Google no ano passado, os sites de buscas são o canal mais utilizado por 55% dos consumidores brasileiros para pesquisar produtos. Além disso, buscas em celulares por produtos combinadas ao termo “com melhor custo/benefício”, por exemplo, têm crescido 60% ano após ano em todo o mundo. Por isso, gerenciar a presença digital das empresas e garantir que elas apareçam em destaque quando o consumidor está buscando é fundamental para alcançar bons resultados.
Engaje os consumidores durante a busca
Para ampliar as vendas, é preciso também alcançar potenciais consumidores que estão em busca de produtos como os que você oferece, mas que não necessariamente conheçam a sua marca. No Guia do Varejo, ensinamos a melhor maneira de se conectar com os clientes em momentos em que eles estão avaliando diferentes opções. Os brasileiros estão mais abertos a considerar novas marcas após a pandemia: uma pesquisa encomendada pelo Google à Ipsos com 1 mil consumidores em julho de 2020 revelou que 85% dos consumidores brasileiros conheceram uma nova marca ao navegar on-line durante a pandemia da COVID-19. Isso abre uma oportunidade importante para as pequenas e médias empresas na disputa pelo bolso do consumidor nesta Black Friday.
Conquiste os consumidores que estão em busca de produtos
As pessoas buscam conveniência na hora de comprar on-line. Por isso, é importante manter o Perfil da Empresa na Busca e Google Maps atualizado para garantir que os clientes vejam o horário de funcionamento e outros detalhes sobre os estabelecimentos. Além disso, é possível ajudar os clientes a terem mais visibilidade dos produtos que a empresa oferece, listando o estoque de produtos disponíveis na loja no Google Shopping gratuitamente. Além disso, garantir que o site carregue de forma rápida, simples e otimizada pode aumentar as vendas.
Se prepare para a temporada de compras
O consumidor brasileiro está começando a se preparar para a temporada de compras cada vez mais cedo. De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Google à consultoria Ipsos, com 500 entrevistados no Brasil, 38% das pessoas afirmam que já começaram a buscar produtos para a Black Friday em setembro. Além disso, outros 28% afirmaram que começaram as pesquisas um mês antes da data. Apenas 2% dos entrevistados afirmaram que fazem buscas por ofertas na data, o que indica que a “conversa” entre a empresa e potenciais consumidores deve começar com antecedência.
Mais recursos para PMEs
O Guia do Varejo é mais uma iniciativa do Google para apoiar as empresas neste período de retomada econômica. Além do material, na Google Academy , empreendedores e profissionais de marketing podem ter acesso a sessões diversas de preparação para a temporada de compras do final do ano. Ao longo de novembro, serão disponibilizados vários treinamentos gratuitos focados em Black Friday, entre eles Como gerar mais impacto na Black Friday com campanhas de Display , Como aumentar as visitas à sua loja física nesta Black Friday e Como atrair mais clientes com as campanhas de Google Shopping .
Outra novidade recente é o “Veja o que há na loja” , disponível na Busca do Google, que filtra para as pessoas os resultados de lojas, físicas ou on-line, que possuem o item buscado em estoque. Ao abrir o Perfil da Empresa, o consumidor poderá ver a disponibilidade do produto que pesquisou, o que pode ajudar os usuários, por exemplo, a evitar viagens perdidas a uma loja física.
Para exibir os produtos em estoque, as empresas precisam gerenciar seu Perfil da Empresa na Busca e Google Maps por meio do aplicativo Google Meu Negócio e listar seus produtos no Google Shopping gratuitamente .
Fonte: New Trade – 09/11/2021
- Detalhes
- Categoria Pai: Artigos
A economia brasileira não cresceu, o seu cliente não comprou os volumes que você previa, os vendedores não bateram as suas metas. Para o consultor empresarial e palestrante Roberto Vilela, quando o planejamento empresarial não flui conforme o esperado, as lideranças precisam desempenhar um papel ainda mais proativo, atuando com proximidade e resiliência.
Ele lista cinco dicas para que o segundo semestre traga os resultados esperados para o negócio:
1 – Comece avaliando o desempenho
O consultor explica que o primeiro passo para a alta performance é manter o olhar analítico sobre a performance. “Você só tem noção dos resultados se os acompanhar periodicamente. Ao fim do semestre é hora de reunir os times, avaliar as performances, a evolução das metas. Nem sempre esses dados são satisfatórios e é importante analisar o contexto em que a empresa está inserida para que você retomar os pontos do planejamento estratégico que considera fundamentais”, diz.
2 – Redefina metas e oportunidades
Roberto indica que, após uma avaliação minuciosa as lideranças tomem medidas para que o negócio torne-se sustentável. “Esse primeiro estudo pode revelar uma série de oportunidades que acabaram passando pela equipe. Redesenhe estratégias e volte a olhar para o mercado, veja o que precisa mudar, o que deve ser melhorado. Da abordagem a oferta de produto, este é o momento de readequar ações para garantir melhores resultados nos próximos meses”, indica.
3 – Tenha foco e torne-o claro
A liderança precisa ser transparente com a equipe. Todos devem saber quais são os resultados que devem ser alcançados e entender qual o foco da atuação, para que toda a empresa caminhe na mesma direção. Cabe aos líderes conduzirem as ações dentro dessa definição.
4 – Seja referência
“Você só será respeitado quando os liderados enxergarem alguém que resolve o que for preciso e tem expertise para atuar. Mostre que é possível alcançar as metas propostas apoiando e também sendo proativo no seu dia a dia. Muitos gestores cobram suas equipes mas não se mostram dispostos a auxiliar sempre que necessário. Manter este canal de comunicação com as pessoas vai torná-lo um modelo a ser seguido”, destaca Roberto.
5 – Crie mecanismos de incentivo
O resultado dos primeiros meses do ano não foram os esperados? Que tal pensar em ações de incentivo? Palestras e treinamentos para desenvolvimento profissional, premiação para os melhores vendedores, flexibilidade no formato de trabalho são algumas ideias que podem motivar as equipes. De acordo com o consultor empresarial, é importante que, mesmo com resultados abaixo do esperado, a entrada de um novo semestre seja marcado por essas ações. “Além de motivar os times, momentos diferentes na rotina, que apoiem o crescimento profissional ajudam os colaboradores a retomarem o foco no propósito da empresa”, finaliza.
Fonte: e-commerce News - 17/06/2019
- Detalhes
- Categoria Pai: Artigos
Cada vez mais as organizações colocam a visão taylorista tradicional de lado e assumem uma posição mais inovadora, seja com base em processos ou em projetos. Muitas empresas prestadoras de serviços trabalham basicamente com projetos, mas carecem de uma metodologia que lhes assegure os resultados planejados.
Aquelas que perceberam que o desenvolvimento de projetos, quando realizado com base na experiência, resulta na maior parte dos casos em desperdício de tempo e recursos e iniciam uma busca por alternativas de trabalho mais produtivas e eficientes. O desenvolvimento de uma metodologia de gerenciamento de projetos surge assim quase como uma obrigação na busca de eficiência e resultados.
Afinal, o que é um projeto? Segundo o PMI (Project Management Institute), projeto é um esforço temporário para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Se ele é temporário, tem início e fim definidos antes do início de sua execução. Dada a natureza de incertezas e indefinições, próprias da atividade de projeto, a sua segmentação em etapas ou fases é um recurso prático fundamental para melhorar a capacidade de gerenciamento e aumentar a taxa de sucesso do projeto. É preciso notar que mesmo com muitas semelhanças, os resultados dos projetos apresentam diferenças.
Uma metodologia de gerenciamento de projetos traça o caminho entre a concepção do projeto e a sua entrega. Ela serve como uma estrada muito bem sinalizada para o gerente de projeto e sua equipe, revelando o que deve ser feito e como ser feito. Uma metodologia de gerenciamento de projetos e como qualquer metodologia de trabalho, se fundamenta em três elementos.
O primeiro deles são os processos, ou seja, o conjunto de passos e/ou atividades que ordenam e estruturam o trabalho a ser realizado. Eles podem estar organizados de várias formas, mas normalmente relacionam-se à cronologia a ser seguida. Após, temos as ferramentas de suporte, ou tecnologia, softwares etc. Em terceiro lugar, vêm os padrões, que são formulários, relatórios e controles.
A integração desses elementos permite que os trabalhos em um projeto sejam ordenados em fases e, em cada uma delas, sejam marcados por entregas específicas suportadas por padrões de documentação e formulários. Estes padrões podem ser suportados tecnologicamente por ferramentas que facilitam não só o controle e o acompanhamento dessas fases, mas também o cumprimento de índices de desempenho de prazo, custo, escopo e qualidade. Uma metodologia permite ainda a padronização de decisões comuns em projetos, reduzindo tempo e riscos. Entretanto, é de fundamental importância que todos esses elementos estejam alinhados à cultura da organização e às metas e objetivos estabelecidos pela alta administração.
Os benefícios de uma metodologia de gerenciamento de projetos podem ser organizados no tempo conforme a maturidade da própria metodologia:
Curto prazo
Assegura que todos os envolvidos sigam a lógica de fases, atividades e entregas; diminui o risco de “esquecimento” de atividades e entregas do projeto; facilita o treinamento de Recursos Humanos; reduz os esforços no desenvolvimento de padrões por projetos e diminui o esforço de controle e gerenciamento do projeto.
Médio prazo
Forma o histórico de projetos para servir de base para estimativas futuras; suporta a tomada de decisão Go - No - Go em projetos; melhora o gerenciamento de riscos do projeto e define padrões de qualidade através de benchmarking interno.
Longo prazo
Reduz os riscos; melhora a satisfação de clientes; gera melhoria contínua em projetos e maior retorno do investimento realizado.
O primeiro passo na implantação de uma metodologia de gerenciamento de projetos é identificar o que é um projeto para a organização. Alguns exemplos que podem ser citados são: desenvolvimento de um novo produto, implantação de um escritório de processos, desenvolvimento de uma metodologia de gerenciamento de projetos, capacitação da força de trabalho, construção de uma nova sede, implantação de um sistema integrado de gestão, integração de processos, entre outros.
Os processos necessários para o desenvolvimento de uma metodologia contemplam três diferentes etapas, a saber:
Fase 1
É feito o levantamento das informações, em que são realizadas entrevistas com os envolvidos em projetos para gerar um maior entendimento dos processos existentes, as dificuldades, os gargalos e as necessidades de controle presentes nesses processos. Com essas informações, é possível estabelecer as fases genéricas do ciclo de vida dos projetos, com base no ciclo de vida proposto pelo PMBOK®, guia de melhores práticas de gerenciamento de projetos do PMI (Project Management Institute).
Fase 2
Segue a análise e desenvolvimento, em que são realizadas atividades de mapeamento e análise dos processos para identificar os principais pontos de controle e a documentação padrão necessária. O redesenho dos processos é preparado em formato preliminar, sendo posteriormente validado e aprovado em reuniões com todos os envolvidos.
Fase 3
É a implementação, como acontece com atividades de documentação dos processos aprovados e finalização da documentação padrão para o gerenciamento dos projetos, possibilitando um maior controle sobre dos mesmos e gerando um registro das implantações realizadas pela empresa.
O desenvolvimento de uma metodologia de gerenciamento é apenas o início para organizações que trabalham por projetos e desejam auferir maiores resultados. Alguns desafios são igualmente importantes como, por exemplo, a garantia da atualização da metodologia conforme a necessidade; oferecer treinamento e suporte a todos os envolvidos no uso da metodologia; desenvolver a linguagem comum de gerenciamento de projetos na empresa e implantar uma ferramenta de apoio ao gerenciamento de projetos.
Fonte: Portal Empreendedor, por Paula Zygielszyper
- Detalhes
- Categoria Pai: Artigos

Segundo ele, quando apenas a área de pessoal conduz o tema, pode haver avanço no curto prazo, mas ele não se sustenta. “Nosso conselho administrativo é embaixador do tema na companhia.” Brasil diz que desenvolver funcionários é um desafio constante, ainda mais quando a empresa passa por mudanças.
Proximidade
“A nova geração está cada vez mais presente no mercado de trabalho e exige uma liderança mais aberta, informal e próxima. Nosso foco é fazer com que os líderes se aproximem cada vez mais da equipe e criem um ambiente de diálogo aberto com os funcionários.”
Ele afirma que há muito cuidado com o processo de definição de sucessão, para garantir que quem vai ocupar posição de liderança tenha o perfil adequado. “É óbvio que, mesmo assim, eles terão de ser desenvolvidos ao longo do tempo. Minha área dá amparo e o suporte necessário, pois o papel genuíno da área de gente é garantir que esse movimento seja correto, mapeando aqueles que têm potencial.”
CEO da Saint-Gobain para Brasil, Chile e Argentina, Thierry Fournier conta que a empresa tem 1.385 pessoas em cargos de liderança no Brasil, e que a gestão de gente é tema central na companhia que projeta, fabrica e distribui material de construção.
Agenda
“A alta liderança é completamente engajada no assunto. Temos uma agenda global que discuti o tema. Nossa política de gestão é baseada em quatro pilares: mobilidade profissional, diversidade das equipes, engajamento dos colaboradores e desenvolvimento de talentos.”
Além de extensa grade de treinamentos e da realização de mapeamento de talentos, que identifica possibilidades de perfis para sucessão, a empresa possui Academia de Liderança, com conteúdos adaptados a cada nível de gestão. “Fomentamos cultura inovadora e engajada. Possuímos equipes multidisciplinares e acreditamos que o trabalho integrado e em equipe garantem nosso crescimento.”
Fundamental
Na desenvolvedora de sistemas Opah IT Consulting, a gestão de pessoas é parte integral das funções dos líderes e de todos que têm alguma competência de liderança, mesmo que pontual. “A gestão de pessoas não é trabalho somente do RH. O líder é fundamental para que a cultura da empresa seja disseminada e os talentos mantidos”, diz o sócio, João Moressi Junior.
Segundo ele, para ter um ambiente de trabalho produtivo, no qual todos se beneficiam, é importante valorizar o colaborador. “Oferecemos mentoria na área técnica e, principalmente, em relação à questão comportamental. No próximo mês, iniciaremos a Opah Academy, para trabalhar a evolução de cada um de nossos 130 profissionais.”
Moressi Junior afirma que manter proximidade e empatia entre líderes e liderados, e oferecer desenvolvimento, são aspectos essenciais de gestão.
Gestão
Gerente executiva na Thomas Case & Associados, consultoria de RH, Deise Gomes diz que o foco de empresas nas pessoas e o reconhecimento de sua real importância para a companhia, é recente no ambiente corporativo. “Até pouco tempo atrás, valorizávamos muito mais ferramentas, processos e metodologias como partes fundamentais para alavancar a empresa.” Segundo ela, as empresas até têm consciência da importância da gestão adequada. “O problema é parar para pensar em uma solução com o jogo corporativo e de mercado acontecendo. Então, muitas vão ‘empurrando com a barriga.’
Pesquisa
Estudo. O tamanho do desafio é comprovado por pesquisa realizada pela consultoria Lee Hecht Harrison (LHH), especializada em desenvolvimento de talentos e transição de carreira, que ouviu 1.160 executivos, sendo 243 do Brasil.
“O resultado do Brasil se assemelha ao das demais regiões (EUA, Europa e Ásia Pacífica). O nível de comprometimento da liderança com a gestão de pessoas é crucial para 70% dos participantes. Mas apenas uma em cada três companhias está satisfeita com o nível de engajamento de seus gestores e somente 20% delas tomam providências contra maus gestores”, diz o diretor de desenvolvimento de talentos para a América Latina, Alexandre Marins.
Segundo ele, muitos líderes estão comprometidos em impulsionar o negócio e os aspectos técnicos da função, mas poucos dedicam a mesma atenção à gestão de pessoas. “Há um “gap” de liderança por diversos motivos. Boa parte dos líderes está desconectada de si e de seu papel, ou até mesmo frustrada pela pressão por resultados frente a cenários cada vez mais complexos e desafiadores.”
Para que haja mudança de cultura, ele afirma que o movimento tem de partir de cima, a partir da tomada de consciência da alta liderança.
Comprometimento
Líder de pessoas e cultura na empresa de auditoria e consultoria Grant Thornton, Marcos Minoru considera que quando a postura da organização é fundamentalmente orientada a resultados, usualmente deixa de considerar as pessoas como elemento-chave para o alcance de bom desempenho. “Esta é uma das várias dicotomias que cercam o mundo corporativo.”
Minoru diz que muitos afirmam erroneamente que ‘treinamento’ é a palavra-chave, uma espécie de panaceia que resolve todos os problemas. “Mesmo investindo em programas de desenvolvimento, a pesquisa aponta que algo não deu certo. O que está errado? O estudo mostra que o comprometimento da liderança é crucial.”
Segundo ele, no lugar de investir em treinamentos inócuos, é preciso trabalhar o engajamento dos profissionais e seus líderes em torno de propostas de valor mútuo, a partir do reconhecimento das crenças e valores de cada lado dessa relação, com o objetivo de alinhá-los. “Liderança se faz com base em princípios, isso faz a diferença.”
Fonte: Estadão - 30/04/2018
- Detalhes
- Categoria Pai: Artigos
A eficiência será o Tao das empresas, desde que nos lembremos de que não é um fim em si mesma.
Empresas já foram mais "românticas", na época das missões. Obviamente, não me refiro aqui às missões jesuítas do século XVI, embora repute-se a Manoel da Nóbrega (que veio instalar a primeira missão no Brasil em 1549) a frase "essa terra é nossa empresa" logo em sua chegada.
Refiro-me ao século passado, quando descobrimos que definir a missão de uma empresa não só inspirava a tripulação como garantia a manutenção do rumo da nau.
Evoluímos daí para o planejamento estratégico, em busca da eficácia, e descobrimos o poder do alinhamento. E entramos no século XXI com total ênfase na eficiência, convencidos de que ela é a chave para a competitividade. Efetividade, eficácia e eficiência formam o que chamo de "triplo E" da gestão.
Efetividade é saber o que deve ser feito para chegar onde desejamos. Eficácia é ser capaz de fazer. Eficiência é fazer da melhor forma.
Com serena convicção posso garantir que a grande maioria dos conceitos relevantes para administração e gestão empresarial cabe nessa tríade.
"Tao" é uma palavra chinesa que significa "caminho". Na filosofia oriental representa a natureza fundamental do Universo. Reconhecer e viver de acordo com o Tao é, de maneira simplificada, o verdadeiro sentido da vida.
A maneira pela qual podemos nos tornar unos com o Tao é seguindo o "caminho da virtude" (Tao Te) e, que me perdoem os orientais pelo pobre uso de sua nobre filosofia, isso justifica a preocupação com a eficiência.
Eficiência é o equivalente da virtude no mundo empresarial. Mas há que lembrar que a virtude não é um fim em si mesmo. Ela é o caminho para um objetivo maior. Entretanto, quando estamos conscientes disso, a natureza do Universo permeia nosso caminho e o Tao passa a ser o caminho.
Podemos reconhecer que estamos vivendo de acordo com o Tao pela sensação vigorosamente motivadora e o grande poder de realização que isso nos dá.
Analogamente, a eficiência será o Tao das empresas, desde que nos lembremos de que não é um fim em si mesma.
E esse é o paradoxo que enfrentamos nos dias de hoje, invertendo o fluxo lógico do caminho do triplo E e priorizando a eficiência como objetivo soberano.
A natureza do universo empresarial é simplificadamente representada por sua missão, visão e valores. Daí nasce a consciência de seus objetivos maiores e do sentido da vida empresarial.
O planejamento estratégico é um simples exercício de tradução da missão e da visão em atividades práticas (metas). E os valores simbolizam a virtude, ou o conjunto de atitudes que levam ao caminho da eficiência.
O pecado mortal é buscar a eficiência desconectados desse fluxo lógico. É bastante comum que a métrica escolhida para avaliar a eficiência seja "custo" e que dediquemos nossos esforços a reestruturações de processos que resultem na redução dos recursos necessários para realizá-los.
Na prática, observamos que existe grande probabilidade de que processos otimizados com base em redução de custos sejam menos eficazes. E, pior ainda, o uso recorrente e obsessivo dessa prática desvia a equipe do Tao. A missão e a visão da empresa deixam de permear suas atitudes cotidianas.
Isso é grave
Equivale a perder o contato com o verdadeiro sentido da vida, no âmbito empresarial. O resultado é perda de motivação, de vigor e de poder de realização. O medo do desconhecido (para onde vamos?) passa a habitar os corredores da empresa paralisando-a. Nada mais se faz além de resolver os problemas de curto prazo e qualquer ganho de eficiência nos processos se perde pela redução generalizada do vigor.
Fonte: Administradores, por Flávio Ferrari – 29/03/2012
- Detalhes
- Categoria Pai: Artigos
Por Pedro Ribeiro, sócio fundador da Peers
Toda empresa que trabalha com revenda de produtos e demanda a formação de estoques tem o desafio de comprar e vender produtos no momento correto.
Uma vez que a atividade central é a revenda de produtos, não vender significa estoque empoeirando dentro da empresa, que por sua vez significa dinheiro parado não rentabilizado.
Infelizmente, há muitas empresas apenas focando no monitoramento da receita em curto prazo, sem olhar para o comportamento dos estoques e o seu prazo de pagamento. Aí mora a maior armadilha de uma deficitária gestão de estoque.
Se esta é a realidade da sua empresa ou caso queira se prevenir deste grande equívoco, entenda que há três pilares fundamentais na gestão, seja ela qual tamanho ou segmento for: fluxo de caixa, gestão de estoque e atendimento ao cliente. E acredite: a gestão de estoque está em cada pilar.
Esse tipo de gestão demanda a existência de um controle adequado sobre os processos de inventário, cadastro, distribuição, performance de venda e definição de sortimento. Confira a correlação entre eles:
Inventário: nesta etapa o varejista deve garantir a correspondência daquilo que tem fisicamente no estoque e registrado no sistema.
Cadastro: cadastros incorretos podem gerar avaliações incorretas sobre a existência de produtos, bem como sobre o volume disponível (quantidade);
Distribuição: a alocação indevida de volumes entre os pontos de venda de um varejista pode gerar acúmulo de estoque em algumas unidades e falta de estoque em outras;
Performance de venda: o monitoramento adequado de venda permite uma resposta mais ágil do varejista na correção de preços e no abastecimento.
Sortimento: a definição de um sortimento de produtos inadequados para o perfil de consumo do público alvo da loja, pode gerar estoque parado dada a baixa performance de vendas.
Todos esses processos abrem um leque de indicadores que, impreterivelmente, devem ser monitorados na gestão de estoques.
Indicadores com Giro de Estoque, Cobertura de Estoque, Overstock, Perda de Inventário, Aging e Ruptura podem ajudar a empresa a melhor identificar a qualidade de seu estoque e as correções de rotas a ser feitas.
Importante pontuar o PMP, um indicador que mede o prazo médio dos pagamentos realizados ou a realizar para os fornecedores.
Para o varejista é crucial que a venda do produto ocorra antes da necessidade de pagá-lo ao fornecedor, isso porque não gera a necessidade de captação de recursos para esta finalidade. A falta de sincronia reduz a disponibilidade financeira do varejista e sua capacidade de realizar novas compras.
Diante de tudo, é preciso ressaltar o principal elo: o cliente. O produto adquirido pelo varejista mas não disponível ao cliente por falha no estoque gera insatisfação. Já a restrição de fluxo de caixa limita a reposição ou compra de novos produtos, e alcança indiretamente seu cliente.
Fonte: DCI - 24/04/2018



